Bahia registra 164 casos suspeitos de coronavírus, diz Sesab; 106 deles foram descartados

Dois casos do coronavírus na Bahia já foram confirmados pela Sesab. Casos só são oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério da Saúde, o que ainda não ocorreu.
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Publicado em 11/03/2020 às 09h45min - Autor: Eriston Nunes

A Bahia registrou 164 casos suspeitos de Covid-19 (coronavírus), de  janeiro até as 17h desta terça-feira (10). A informação foi divulgada  através de uma nota conjunta da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia  (Sesab) e Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. Casos só são  oficialmente reconhecidos como suspeitos após confirmação do Ministério  da Saúde, o que ainda não ocorreu. 

    

 Dois casos do coronavírus na Bahia já foram confirmados pela Sesab. O primeiro foi uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, cidade a cerca de 100 Km de Salvador, que retornou da Itália em 25 de fevereiro. O segundo foi uma mulher de 42 anos, trabalhadora doméstica, que teve contato domiciliar com a primeira paciente do estado, quando ainda estava sintomática. 

   

 Ainda dentre os 164, 106 foram descartados laboratorialmente ou por não  se enquadrarem no protocolo do Ministério da Saúde e 56 aguardam  análise laboratorial. 

   

 Os municípios notificantes foram Araci, Boquira, Camaçari, Candeias,  Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Itabuna, Jacaraci, Jequié, Lauro de  Freitas, Lençóis, Paripiranga, Pojuca, Porto Seguro, Riacho de Santana,  Salvador, Santa Cruz Cabrália, Santo Antônio de Jesus, São Félix do  Coribe, Teixeira de Freitas, Tucano, Vera Cruz e Vitória da Conquista. 

   

 De acordo com a Sesab, os números representam notificações oficiais  compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em  Saúde da Bahia (Cievs-BA) em conjunto com os Cievs municipais. 

  

  

  

 Os casos graves devem ser encaminhados a um Hospital de Referência para  isolamento e tratamento. Os casos leves devem ser acompanhados pela  Atenção Primária em Saúde (APS) e instituídas medidas de precaução  domiciliar. 

   

 A secretaria alerta que o paciente com diagnóstico positivo para o novo  coronavírus pode ter a doença em grau leve, moderado ou grave. A  depender da situação clínica, pode ser atendido em unidades primárias de  atenção básica, unidades secundárias ou precisar de internação. Mesmo  definindo unidades de referência, não significa que ele só pode ser  atendido em hospital. 

   

 O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais  respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). Na  suspeita de coronavírus, é necessária a coleta de duas amostras, que  serão encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde  Pública (Lacen-BA). 

   

 Para confirmar a doença, é necessário realizar exames de biologia  molecular que detecte o genoma viral. O diagnóstico do coronavírus é  feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a  identificação de caso suspeito. 

   

 O Ministério da Saúde ampliou para 36 o número de países que passam a  ser monitorados pela pasta por apresentarem transmissão local do  coronavírus. Desta forma, as pessoas que estiveram nesses países nos  últimos 14 dias e apresentarem febre e mais um sintoma gripal, como  tosse ou falta de ar, serão enquadradas como casos suspeitos de  coronavírus. Os países são: 

   

  1. Alemanha
  2. Argélia
  3. Austrália
  4. Bélgica
  5. Bielorrússia
  6. Bósnia e Herzegovina
  7. Canadá
  8. China
  9. Coreia do Norte
  10. Coreia do Sul
  11. Croácia
  12. Dinamarca
  13. Emirados Árabes Unidos
  14. Equador
  15. Espanha
  16. Estados Unidos
  17. Finlândia
  18. França
  19. Grécia
  20. Holanda
  21. Indonésia
  22. Irã
  23. Israel
  24. Itália
  25. Japão
  26. Líbano
  27. Malásia
  28. Noruega
  29. Reino Unido
  30. Romênia
  31. San Marino
  32. Singapura
  33. Suécia
  34. Suíça
  35. Tailândia
  36. Vietnã

   

 Segundo o Ministério da Saúde, para um caso ser considerado suspeito, é necessário: 

   

  • Situação 1: Febre  E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para  respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de viagem  para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14  dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Situação 2: Febre E pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade  para respirar, batimento das asas nasais entre outros) E histórico de  contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (COVID-19), nos  últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas; OU
  • Situação 3: Febre  OU pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para  respirar, batimento das asas nasais entre outros) E contato próximo de  caso confirmado de coronavírus (COVID-19) em laboratório, nos últimos 14  dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

  

  

  

Dicas de Prevenção

   

  • Cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Limpar regularmente o ambiente e mantê-lo ventilado;
  • Lavar as mãos por pelo menos 20 segundos com água e sabão ou usar antisséptico de mãos à base de álcool;
  • Deslocamentos não devem ser realizados enquanto a pessoa estiver doente;
  • Quem  for viajar aos locais com circulação do vírus deve evitar contato com  pessoas doentes, animais (vivos ou mortos), e a circulação em mercados  de animais e seus produtos.

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