Disse Jesus: “Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus” (Lc 6: 20), e assim nascia a maior instituição que pratica caridade no planeta: a igreja católica. Com seu olhar voltado aos mais humildes, os cristãos católicos praticam sua fé por meio da caridade e do amor ao próximo. O novo bispo da Diocese Teixeira de Freitas/ Caravelas, Dom Jailton de Oliveira Lino, falou de como pretende trabalhar com esses irmãos tão amados pela igreja em nossa região. Dom Jailton pertence à Congregação Pobres Servos da Divina Providência, da qual ingressou em 1980, e, a maior parte de sua vida religiosa, dedicou ao setor de Formação da Congregação, sendo formador nas diversas etapas, Aspirantado e Postulado. Sua base, de amor aos mais pobres, esteve em todas as funções que ele exerceu dentro da igreja católica e também será sua marca registrada enquanto bispo da Diocese. “Eu fui formado na Congregação da qual faço parte, por ter uma atenção muito grande pelo pobre, então eu quero me esforçar muito pra ter um olhar voltado para o mais pobre na Diocese”, falou. Ele disse que no primeiro dia que chegou a Teixeira de Freitas conversou com representantes políticos para saber qual era a situação da cidade nesse quesito. “Na quinta-feira passada, o prefeito veio me acolher e eu pedi a ele um momento para conversar essa semana e pedi que viesse também o secretário de Desenvolvimento Social, porque eu gostaria de ver quais são as urgências da cidade, quais são as demandas maiores, o que nós como igreja podemos fazer”, contou. Dom Jailton também nos falou de sua experiência em outros nove Estados do nosso país, que viviam situação de miséria e caminham para a mudança social. Ele acredita que bons exemplos de mudança podem ser aplicados aqui também, para benefício de todos. “Eu quero ajudar tanto o poder público, quanto à comunidade católica e não católica, a estarmos tendo uma atenção por esses que, muitas vezes, ninguém dá atenção”, disse. Para isso, além do auxílio da comunidade católica, caridosa desde seu surgimento, o bispo também acredita ser necessário buscar recursos junto aos poderes públicos. “E utilizarmos bem esses recursos, pois, muitas vezes, os recursos até existem, mas o Poder Público não gerencia bem eles e os recursos voltam para o Estado ou para a Nação, ou, às vezes, são desviados”, disse, assegurando que sua experiência como gestor pode ajudar nossa igreja a trabalhar pela diminuição da desigualdade social, fome e miséria em nossa região. “Eu quero trabalhar para que os recursos sejam bem aplicados e para que as pessoas de fato possam ter acesso”, finalizou. Esse é o perfil da Igreja Católica, que tem milhares de instituições de caridade espalhadas pelo mundo, dentre elas, orfanatos, asilos, leprosários, hospitais, escolas e universidades que são mantidas pela igreja e administradas por pessoas que entregaram sua vida a Cristo, como os religiosos (freiras, padres e outros), e os leigos que buscam servir a igreja. Em nossa região, temos grandes exemplos dessas instituições que há anos fazem a diferença na vida das pessoas, como o asilo de Alcobaça, hoje cuidado pelo pe. Ronaldo e irmã Fátima, que atende a todos que precisam de auxílio, independente de sua religião, e sobrevive da caridade e do amor das pessoas. O bispo também diz ter percebido que nossa região tem dados assustadores de violência e pretende, enquanto bispo da Diocese, dar uma atenção especial a isso. A igreja católica também busca instituir a paz no mundo e o amor entre os povos, através da mensagem misericordiosa dos ensinamentos de Cristo. Como está escrito na continuação do Evangelho de São Lucas, com a qual iniciamos esta matéria: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, para não serdes julgados; não condeneis, para não serdes condenados; perdoai, e vos será perdoado. Dai e vos será dado; será derramada em vosso regaço uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante, pois com a medida com que medirdes sereis medidos também” (Lc, 6: 36-38). Por PASCOM Diocesana