TJ-BA determina desbloqueio das contas e desinterdição da Aspra-BA

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou, nesta quarta-feira (23), o desbloqueio das contas da Associação dos Policiais e Bombeiros Militares e seus Familiares (Aspra) e a desinterdição de
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Publicado em 24/10/2019 às 12h49min - Autor: Eriston Nunes

TJ-BA determina desbloqueio das contas e desinterdição da Aspra-BAO Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou, nesta quarta-feira  (23), o desbloqueio das contas da Associação dos Policiais e Bombeiros  Militares e seus Familiares (Aspra) e a desinterdição de todas as  unidades da Associação, na capital e no interior do estado. A medida é o  mais recente capítulo da novela que se arrasta entre a entidade que  representa a categoria e o governo.

O desembargador Roberto Maynard Frank determinou também a restituição  de todos os valores pecuniários apreendidos nas dependências da Aspra,  além de documentos e equipamentos, no prazo de 24horas. O magistrado  manteve a ordem de suspensão das atividades de caráter ilícito imputadas  à Associação e a proibição de greve.

A medida foi um pedido feito pelos advogados da Aspra. Eles apontaram  irregularidades na operação realizada pelo Ministério Público da Bahia  (PM-BA), com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), e alegaram  prejuízos.

O desembargador citou o artigo 5º da Constituição Federal na decisão  para dizer que “as associações só poderão ser compulsoriamente  dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial,  exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado”, diz o texto.

A operação do MP foi realizada na semana passada. Na quarta-feira  (16), cerca de 20 promotores estiveram na sede da Aspra, no bairro de  Nazaré, em Salvador, para cumprir mandados de busca e apreensão. Além de  interditar a sede da entidade na capital e as afiliadas no interior do  estado, foram apreendidos documentos, equipamentos e dinheiro. A ação  aconteceu em meio à paralisação da categoria, anunciada pela Aspra uma  semana antes, mas que teve baixa adesão nos quartéis.

Na época, a SSP divulgou que a decisão da Justiça atendeu a pedido  formulado pelo MP, que sustentou que “a entidade tem realizado  assembleias incitando movimento paredista da classe dos policiais,  afrontando o artigo 142 da Constituição Federal, e causando grave risco à  segurança pública e à coletividade”.

Nesta quarta-feira, o desembargador manteve a proibição de greve. A  Aspra está proibida de incitar a categoria à paralisação, mas o  magistrado determinou que a entidade seja desinterditada.

A operação aconteceu em Salvador, Alagoinhas, Barreiras, Feira de  Santana, Guanambi, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Jacobina, Jequié,  Juazeiro, Paulo Afonso, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Santo  Antônio de Jesus, Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas e  Vitória da Conquista.


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